Censo 22 Religiões, do IBGE, mostra que a Região Norte é onde tem mais evangélicos, 36,%, Amapá é onde tem mais evangélicos e Roraima onde tem menos católicos e mais gente sem religião
Católicos na Região Norte é de 50,5%
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(Brasília-DF, 06/06/2026) Nesta sexta-feira, 06, o IBGE divulgou o seu Censo 22: Religiões.: Resultados Preliminares da Amostra.
O crescimento da parcela de brasileiros que se declaram evangélicos perdeu força pela primeira vez desde 1960, apontam os dados da pesquisa.
Conforme o IBGE, 26,9% dos brasileiros ou 47,4 milhões se declaravam evangélicos em 2022, ante 21,7% em 2010.
O avanço é de 5,2 pontos percentuais (p.p.), abaixo da alta de 6,5 pontos registrada entre os censos de 2000 e 2010 e primeira desaceleração na tendência de crescimento em 62 anos.
A parcela de católicos recuou de 65% em 2010 para 56,7% em 2022, somando 100,2 milhões e dando continuidade à tendência de perda de força da religião no país que, neste Censo, mostra a maior diversidade religiosa de sua história.
Os dados foram divulgados pela manhã na Casa Brasil IBGE, situada no primeiro andar do Palácio da Fazenda (RJ), com transmissão ao vivo pelo IBGE Digital.
Norte
Região Norte do Brasil é onde tem menos católicos e onde tem mais evangélicos
Católicos na Região Norte é de 50,5%. Já os evangélicos chegam a 36,8% da população na Região Norte. No Brasil, existem 56,7% de católicos e evangélicos representam 26,9% dos brasileiros.
As menores proporções de católicos apostólicos romanos foram encontradas em Roraima ,37,9%,
Em relação aos evangélicos, a maior proporção foi registrada no Acre (44,4%), e a menor no Piauí (15,6%).
Entre as unidades da federação, as maiores proporções de pessoas sem religião estavam em Roraima e Rio de Janeiro (ambas com 16,9%); as menores estavam no Piauí (4,3%), Ceará (5,3%) e Minas Gerais (5,7%).
“Em 150 anos de recenseamento de religião, muita coisa mudou no país e na sociedade como um todo”, comenta a analista responsável pelo tema, Maria Goreth Santos, referindo-se ao primeiro Censo. “Em 1872, o recenseador deveria assinalar cada pessoa como ‘cathólico’ ou ‘acathólico’, conforme grafia da época; não havia outra opção de religiosidade”, explica Maria Goreth. “Além disso, a população escravizada era toda contada como católica, seguindo a declaração do senhor da casa”.
Hoje, as informações sobre religião no Brasil contemplam variados grupos e subgrupos. “As transformações sociais têm resultado em modificações na metodologia do Censo ao longo de todas essas décadas. Códigos, banco descritor, estrutura classificatória e incorporação de novas declarações religiosas foram sendo necessários para retratar a diversidade religiosa no Brasil da forma mais fidedigna possível”, afirma Maria Goreth.
( da redação com informações de assessoria e IBGE. Edição: Política Real)