31 de julho de 2025
TARIFAÇO

Levantamento da CNI revela que estados deverão ter perdas superiores a R$ 19 bilhões com o tarifaço; no Norte, Amazonas e Pará terão perdas bilionárias enquanto isso, Acre, Roraima e Amapá terão pequenas perdas

"Os impactos são muito preocupantes", avalia Ricardo Alban, presidente da CNI.

Por Política Real com assessoria
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Imagem do estudo da CNI Foto: site da CNI

(Brasília-DF, 29/07/2025)  Nesta terça-feira, 29 a Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgou levantamento “RELAÇÕES ECONÔMICAS ENTRE BRASIL E EUA:DESTAQUES NACIONAIS E ESTADUAIS”.   O estudo revela que o aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos, previstas para 1º de agosto, pode provocar impactos econômicos relevantes e desiguais entre as unidades da federação, com perdas superiores a R$ 19 bilhões para os estados brasileiros.

"A imposição do expressivo e injustificável aumento das tarifas americanas traz impactos significativos para a economia nacional, penalizando setores produtivos estratégicos e comprometendo a competitividade das exportações brasileiras. Há estados em que o mercado americano é destino de quase metade das exportações. Os impactos são muito preocupantes", avalia Ricardo Alban, presidente da CNI.

Amazonas e Pará terão perdas bilionárias 

Puxado pela exportação do Polo Industrial de Manaus, o estado do Amazonas pode sofrer o sexto maior impacto em volume financeiro: R$ 1,1 bilhão, uma queda de 0,67% do PIB. A indústria respondeu por 96,1% das vendas aos EUA no ano passado, com destaque para equipamentos de transporte (US$ 28 mi, 28%); coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (US$ 25 mi, 25,1%) e máquinas e equipamentos (US$ 24,4 mi, 24,4%). 

No caso do Pará, o impacto de novas tarifas pode chegar a R$ 973 milhões, uma queda de 0,28% no PIB. Apesar de os EUA corresponderem por 3,6% das exportações do estado (US$ 835,4 milhões em 2024), a indústria responde por 95,2% dos bens vendidos aos americanos. Os setores de destaque são metalurgia (US$ 420 mi, 50,3%), químicos (US$ 156 mi, 18,8%) e alimentos (US$ 118 mi, 14,2%). 

Já os cinco estados menos impactados financeiramente são: Roraima (R$ 13 milhões), Sergipe (R$ 30 mi), Acre (R$ 31 mi), Piauí (R$32 mi) e Amapá (R$ 36 mi). 

Em relação à dependência das exportações americanas, os estados brasileiros Roraima, com apenas 0,3%, seguido por Mato Grosso (1,5%), Distrito Federal (2,6%), Piauí e Tocantins (ambos com 3%), Goiás (3,3%) e Rondônia (4,7%), somam perdas financeiras de R$ 1,87 bilhão.

( da redação com informações da Ag. CNI. Edição: Política Real)