Presidente do CIEAM, Luiz Augusto Rocha, acredita que há vontade política para destravar burocracia e iniciar obras da BR-319; não execução da obra geraram custos adicionais de R$ 1,5 bi para o setor industrial
“Eu escutei, pessoalmente, o presidente Lula afirmar que esse assunto que esse assunto iria evoluir”, disse
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Por Humberto Azevedo
(Brasília-DF, 07/10/2025) O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), Luiz Augusto Rocha, acredita que agora há “vontade política” para destravar a burocracia e enfim iniciar obras da BR-319, que liga a capital amazonense até Porto Velho (RO). Em entrevista ao site Bancada do Norte, o dirigente industrial comentou sobre o seu otimismo que, agora, decorridos quase um século, enfim as obras que pavimentarão a BR-319 sairão do papel. Não execucação da obra gerou custos adicionais para a indústria do Amazonas da ordem de R$ 1,5 Bilhão
O dirigente manauara contou que é interessante ver que a BR-319 é uma prioridade do Estado, apesar do quanto tempo a região aguarda esta obra. Ele lembra que em 1937, há quase 90 anos, o antigo Departamento Nacional de Estados de Rodagem (DNER) já analisava e estudava a realização da obra. Rocha pontuou que a obra precisa assumir compromissos com a preservação do meio ambiente para manter preservada preservada mais de 97% da floresta, que vem sendo uma prioridade da Zona Franca de Manaus.
“Eu escutei, pessoalmente, o presidente Lula afirmar que esse assunto em Manaus, numa reunião do Conselho de Administração da Suframa [Superintendência da Zona Franca de Manaus] , que esse assunto iria evoluir. Eu penso que sai. Eu saio daqui muito otimista com a presença dos Ministérios envolvidos e com a visão da indústria do Amazonas de que, sim, podemos fazer porque ao que parece há uma vontade política e principalmente uma articulação entre todos”, comentou.
CUSTOS ADICIONAIS
O dirigente das indústrias localizadas na Zona Franca de Manaus informou, ainda, que a falta de uma ligação por terra entre Amazonas com Rondônia, servindo de porta de entrada para o restante do país, representou apenas em 2024 custos adicionais de R$ 1,5 bilhão “sobre os custos que as indústrias tiveram que absorver obrigatoriamente porque não há alternativa, não se tem hidrovia, nem estrada e não dá para possa escoar apenas por avião a produção de 147 bilhões de reais que é o estimado da Zona Franca de Manaus para a produção em 2025”.
“É preciso compreender a dimensão dessa indústria, o Brasil precisa entender que nós temos uma indústria que tem 147 bilhões de reais como perspectiva de resultado de faturamento em 2025. Não é possível termos que seguir discutindo um tema que vai fazer 100 anos e que necessariamente a indústria tem sido, além da sociedade brasileira, a grande vítima da ausência da presença do Estado na nossa região”, finalizou.
Veja a íntegra do documento divulgado pela CIEAM na audiência pública:
( com edição de Genésio Araújo Jr.)